quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ESTUDO DIRIGIDO PARA AP2 LINGUA PORTUGUESA

Estudo dirigido para Ap2 de Português na Educação
Estudo dirigido para Ap2 de Português na Educação
(O material descrito abaixo foi elaborado com base no estudo dos módulos 1,2 e 3 de Português na Educação).

Língua / Poder: Por poder se deve entender a capacidade, aplicada às classes sociais, de uma, ou de determinadas classes sociais em conquistar seus interesses específicos. [...] A capacidade de uma classe em realizar seus interesses está em oposição à capacidade (e interesses) de outras classes: o campo do poder é portanto estritamente relacional. (POULANTZAS, 1985, p. 168).Dessa forma, percebemos que a língua constitui-se, ainda, como o domínio do homem pelo homem. Em outras palavras, esse ato lingüístico, em seu uso é, também, poder. A língua pode ser definida como umas manifestação da linguagem, constitui uma forma de comunicação verbal que se realiza a partir da utilização do conjunto de signos e normas vigentes e comuns aos falantes que dela lançam mão. A comunicação plena não se restringe a essa troca de signos verbais. È necessário que emissor (falante) e receptor (ouvinte, interlocutor) estabeleçam uma relação de entendimento do que esta sendo dito, é preciso construir sentidos. o emissor estaria exercendo algumas das definições de poder. O emissor torna-se detentor de uma autoridade somente conferida pela suposta ascendência que ela adquire ao dominar um discurso que o outro não é capaz de contestar.

Língua / Ideologia: A língua, enquanto sistema normatizado e pertencente a uma classe, é ensinada na escola. O "aprender a ler e a escrever" – tão citado pelo povo quando perguntado sobre por que freqüenta essa instituição formal de ensino – possui, assim, características ideológicas. Podemos dizer, então, que se entende IDEOLOGIA como falsa consciência, à medida que percebemos as situações, imagens e textos com os olhos da classe dominante, sem nos apercebermos de tal fato. O ensino de língua materna também pode ser visualizado a partir das duas posições acima apontadas: ensino como produto, partindo de conteúdos gramaticais pré-definidos ou como processo a ser construído pelos falantes e escritores dessa língua. A cada uma dessas concepções corresponde uma visão social de mundo – ideológica, apreendendo o produto; utópica,percebendo os processos.

Língua / cidadania: O conceito de cidadania pode ser relacionado devido ações de forma organizada e coletiva, onde os sujeitos trabalhem ativamente para garantir deus direitos e realizar seus deveres. Não devem insistir no ideal da classe dominante, mas sim torna-se sujeito histórico. E é através da língua que se constitui esta cidadania. ser cidadão não é apenas conhecer direitos e exercê-los. É igualmente conhecer deveres, cumpri-los, juntamente com a busca de direitos nem sempre adquiridos. Há direitos que precisam ser conquistados, passo a passo, e para isso a cidadania deve ser participativa. E a "língua nossa de cada dia" é um forte elemento de constituição dessa cidadania. A língua materna, em seu uso constitui-se, também, como elemento de construção da cidadania. Em outras palavras, dependendo de como eu me apresento verbalmente – por meio da linguagem que utilizo – eu me constituo como cidadão.

Língua / Identidade cultural: Se temos a definição de Identidade Cultural como “a unificação e confirmação de traços comuns existentes dentro de uma nação”, nada melhor que a língua materna para confirmar a identidade de um povo. Sendo assim ela não deve constituir como sistema único e homogêneo, ela é transformada de acordo com as necessidade das comunidades fazem seu uso. podemos dizer que a identidade, em termos lingüísticos, não deve abafar a diversidade existente tanto entre os diversos falares regionais e registros quanto dentro de um mesmo falar ou registro. a língua é , também, elemento preponderante na efetivação das diversidades culturais e lingüísticas existentes em uma nação. - uma nação pode possuir diversas línguas.
Variedades linguísticas ( Desvio – erro – agramaticidade): Quanto a noção de erro podemos concluir que há uma relação direta com o processo comunicativo, ou seja, deve ser feita sempre a análise se o que é considerado “erro” compromete o entendimento do enunciado. De maneira geral o erro, dentro dos padrões linguísticos, está intimamente ligado a utilização na norma culta, e tudo o que é atualizado e que foge as regras é assim considerado. Podemos observar que há o erro de caráter extralinguístico, ou seja, é inadequado mas tem aceitabilidade social. Como por exemplo, no caso da redação feita pelo menino no livro citado acima. A professora encontrou muitos “erros” ortográficos mas não considerou que através do texto o menino havia passado a mensagem central de como foi suas férias. Ou seja, os erros encontrados no texto não comprometeram o seu entendimento. Há também o erro que compromete o entendimento do enunciado desviando-se assim do padrão de aceitabilidade social da língua, neste caso estamos nos referindo a agramaticalidade, tornado a comunicação inviável. Concluindo, o educador deve refletir sobre o erro pois ele pode ser considerado uma inadequação da língua. Quando ele não compromete a comunicação, tem aceitação social, mas na maioria das vezes desqualifica o usuário. A prática dos educadores deve focada em trabalhar com as transformações linguísticas e com as várias normas existentes, principalmente a norma padrão.


Ensino Interacionista da Língua: Ensino como processo o professor pode , ao contrário, compromissar-se com uma educação para a emancipação visualizando seu cotidiano de uma relação dialógica, em que a troca discursiva ocorre a todo momento com a turma, está é a concepção sociointeracionista do ensino da língua materna que privilegia a ação discursiva , o texto, no lugar das fragmentadas palavras e frases: que leva em conta os sentidos e significados emprestados , pelos alunos, as expressões, no momento do ato enunciativo que pensa a língua como processo e não como produto.****A língua, como processo, constrói-se na interação.

Ensino Técnico-Instrumental: O ensino da Língua deve propiciar ferramentas para a formação de cidadãos não só alfabetizados, mas principalmente letrados. Neste aspecto a língua deve ser vista por uma ótica técnico-instrumental. Ou seja, é necessário trabalhar os conteúdos da norma culta de forma contextualizada e reflexiva. E para isso o professor deve abordar cada item articulando-o com a fala, com a produção de textos e de sentido de cada um tornando possível a aquisição de instrumental para aumentar as possibilidades de formas de expressão. Podemos observar que quanto a forma em que a norma é trabalhada, na maioria das vezes, os conceitos apresentados aos alunos de forma descontextualizada deixam de lado manifestações dinâmicas da língua. E em muitos casos, as regras gramaticais se contradizem. Como no caso dos verbos, o ensino através da conhecida “conjugação” tem nos mostrado a ineficácia deste método, pois os alunos continuam sem saber como utilizá-los.

Aluno-leitor: para a formação do educando como leitor é necessário não só a aprendizagem da leitura como decodificação de símbolos gráficos, mas sim como uma forma de ver o mundo. E esta leitura não está voltada somente para textos escritos, ela envolve todas as diversidades, como textos ilustrados, textos verbais, informais, ou seja, todo um universo comunicativo. O aluno como leitor também diz respeito ao processo de interpretação que este deve iniciar, não é apenas ler, deve-se criar oportunidades para que o aluno entenda o que o texto quer informar. Nesta interação, leitor e autor devem dialogar para existir a comunicação.

Aluno-autor: o aluno como autor envolve todo o universo de criação, e para escrever é necessário a seleção de palavras, construção de hipóteses e envolvimento em certos contextos. Para a formação de alunos-autores é necessário criar primeiramente o gosto pela escrita, possibilitando um leque de possibilidades linguísticas e semânticas em que o professor é peça fundamental. Sua prática deverá estar voltada para a criação de possibilidades de contextualização, criatividade, leitura de pré-textos, intertextualidade, intencionalidade e tomada de posição.
Redação / Texto: Quanto a produção de texto e a elaboração de uma redação podemos dizer que produzir um texto requer a interlocução entre autor e leitor, em que há diálogo em relação ao que está escrito e a construção de sentido por meio da linguagem. Neste caso há a possibilidade de criação de textos críticos e criativos que não se prendem a norma padrão. A produção de texto esta intimamente ligada a escrita como objeto social. *Já em relação a redação podemos dizer que ela estaria ligada a prática escolar, propriamente um texto para ser avaliado que deve seguir determinadas regras e padrões da norma culta. Neste caso a criatividade, na maioria das vezes, fica limitada pois os alunos sentem-se pressionados a escrever não para serem avaliados quanto ao contexto de suas ideias mas sim quanto aos possíveis erros cometidos.


Aspectos sociolinguísticas do trabalho com a língua nas series iniciais do ensino fundamental: características dos aspectos linguísticos presentes no trabalho com a língua nas séries iniciais do ensino fundamental, como por exemplo, a questão do falar e escrever que envolve a correção, a adequação e a situação em que o enunciado acontece.Podemos observar também a questão do erro que pode ser de caráter ortográfico (geralmente não compromete o entendimento da mensagem). Há também a questão de tradição do uso (que legitima certos usos devido o emprego frequente), a hipercorreção (erra-se ao abandonar o termo correto) e o uso impróprio das palavras (palavras parecidas foneticamente confundem-se em relação ao seu significado). Dentre as características sociolinguísticas temos o regionalismo que interfere diretamente no ensino da língua devido as diversidades de cada região do país, estado, município pois possuem vocabulários específicos. Também há a diversidade linguística que envolve questões culturais e palavras modificadas ou que desaparecem com o tempo. A língua também varia quanto ao gênero, a faixa etária, categoria de profissionais, classes sociais, entre outras variações. Concluindo os aspectos sociolinguísticos precisam entrar em sala de aula de forma contextualizada para que os alunos aprofundem o conhecimento dos sentidos e ampliem o entendimento dos contextos em que são produzidos.

Aspectos da Linguística textual presentes no trabalho com a língua nas séries iniciais do ensino fundamental: deve-se considerar como de fundamental importância o trabalho com os aspectos de coesão e coerência dos textos. A coerência está ligada ao estabelecimento de sentido do texto que depende da interação entre os usuários. Para o estabelecimento da coerência é necessário os elementos linguísticos, o conhecimento do mundo, o conhecimento partilhado, as inferências e a contextualização. Já a coesão diz respeito as relações de sentido que existem no interior de um texto, seja ele oral ou escrito, havendo uma dependência estabelecida pelo sistema léxico-gramatical. Quanto aos mecanismos coesivos temos a referência, a substituição, a elipse, a conjunção e a coesão lexical. Entende-se que os aspectos de coesão e coerência citados acima são necessários para a elaboração de um texto bem estruturado, mas também são necessárias outras práticas como revisão textual e pontuação.

Todos os itens citados devem estar presentes na prática pedagógica dos educadores, através da criação de atividades que levem os alunos a refletirem sobre a organização discursiva dos diferentes textos para criar mecanismos para a produção de seus próprios textos. Deve-se dar ênfase para um trabalho que possibilite a formação de alunos leitores e autores e não apenas meros receptores de conteúdos gramaticais.

NO CAMINHO COM MAIAKOVSKI

No Caminho, com Maiakóvski

Eduardo Alves da Costa


Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de me quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas manhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a


consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Gabarito ap2 Educação Infantil 2


GABARITO AP2 – 2011 2
QUESTÃO 1 (2 pontos) AP2 – 2011.2

Manoel de Barros aponta a presença da ludicidade na vida do ser humano desde tempos primitivos, Elias coloca a ludicidade na vida adulta como uma válvula de escape do mundo real, como uma maneira de recriação da natureza”
Com base neste fragmento, extraído do texto Infância de Ludicidade, de Maria Inez Delorme (aula 9 do material impresso), responda:

1- Por que a brincadeira é tida hoje como quase que um privilégio do mundo infantil?
2- Por que a brincadeira ainda é pouco valorizada nos espaços escolares, inclusive na educação infantil?

Porque no mundo do capital, tudo que não tem valor de mercado não tem valor. A brincadeira é uma atividade fortuita, não tem objetivo. Na sociedade capitalista, voltada para o lucro, os adultos devem trabalhar, não brincar.
- Os adultos, muitas das vezes, desvalorizam a brincadeira por não verem objetivos e nem introdução de valores nessa atividade infantil. Além de constatarem falta de obrigatoriedade, falta de regras e uma determinada constância para que a brincadeira aconteça nos espaços coletivos de educação infantil. Por isso, talvez vejam essa atividade como mero passatempo. As brincadeiras que passam de geração para geração como, por exemplo, as piadas, os chistes e as lendas, geralmente, no mundo adulto, têm o objetivo de trazer ludicidade. No entanto, segundo a autora, para os adultos a forma de brincar está representada por meio de estímulos a competitividade e a criatividade. Estas são formas de descontrair que, geralmente, partem para o mundo fictício, porém dentro de regras pré-determinadas, o que distancia da brincadeira como fator essencial no desenvolvimento do ser humano.

(ler explicação abaixo ai está a resposta das duas perguntas que compõem a questão 1)
(Segundo Ariès (1981), até o século XVIII, na Europa, havia uma proximidade maior entre a vida das crianças e dos adultos, constituindo, ambos uma grande comunidade que participava de festas, brincadeiras, jogos danças, contações de história.

Não havia separação rigorosa entre os jogos e brincadeiras realizadas por adultos e pelas crianças. Mas, ao longo dos séculos XVII e XVIII, a brincadeira perde seu simbolismo religioso e seu caráter comunitário, tornando-se profana e individual. Pouco a pouco vai sendo abandonada pelo mundo dos adultos, em especial pelas classes mais abastadas, que passam a considerar a brincadeira como ‘indigna de um homem de bem’, tornando-a restrita às crianças e às pessoas do povo. No século XIX, as antigas danças coletivas restringiram-se ao campo e às rodas infantis: atualmente ambas estão em vias de desaparecimento.

A partir da revolução burguesa, o trabalho passa a ocupar um tempo muito maior na vida cotidiana. Antes ele não tinha o valor existencial que lhe atribuímos a pouco mais de um século, a dicotomia entre brincar/trabalhar não era tão acirrada como agora; o tempo do trabalho era o tempo de viver, cuidar de si e do coletivo. Assim, as brincadeiras não se resumiam aos momentos furtivos que lhes dedicamos hoje, eram um meio fundamental de estreitamento dos laços coletivos, diferentemente do que ocorre na atualidade, quando o divertimento, a brincadeira comunitária ou entre pais e filhos acontece em raros intervalos entre duras jornadas de trabalho, ou, simplesmente, não acontece. É uma atividade que hoje, na lógica de um mundo regido por relações de lucro e de poder, não tem importância.

QUESTÃO 2

Abordando a importância da arte no cotidiano da Educação Infantil, Maria Isabel Leite afirma que há vários tipos de conhecimento: os científicos, os cotidianos e os conhecimentos do âmbito artístico-cultural. Todos têm a mesma importância. Os conhecimentos artístico-culturais também são chamados de conhecimentos estéticos e poéticos, que são a base da formação cultural.

De acordo com o texto:
- como os conhecimentos científicos, estéticos e cotidianos são construídos?
- por que todos têm a mesma importância?
- o que é experiência estética?
- como assegurar que as crianças vivenciem experiências estéticas no cotidiano da educação infantil?

Segundo a autora os vários tipos de conhecimentos: os científicos, os cotidianos e os artístico-culturais são experiências estéticas que se constituem no nosso cotidiano. Essas experiências são constituídas no nosso repertório cultural, ou seja, tudo aquilo que alimentou nossos sentidos ao longo da vida. Por isso, todas têm a mesma importância.

As crianças vivenciam experiências estéticas quando vêem um filme, escutam músicas, assistem a uma peça de teatro, ouvem uma história, contemplam um quadro, uma escultura, uma paisagem. Se estas oportunidades são oferecidas no cotidiano da educação infantil, as crianças vão desenvolver o prazer da experiência estética. E, em conseqüência, vão querer ir cada vez mais ao cinema ou assistir vídeos; vão desejar ouvir mais músicas, seja no rádio, no aparelho de som ou nos shows; irão admirar mais espetáculos de dança, seja ao vivo, ou pela TV... Assim, a cada dia terão um maior repertório cultural, estarão ampliando sua formação cultural e, certamente, seus desejos de conhecer mais e mais. As experiências estéticas devem ser asseguradas porque possibilitam a experimentação de diversificadas linguagens e manifestações artísticas. É tarefa da escola, da creche e da pré-escola, assegurar às crianças o acesso ao patrimônio cultural produzido pela humanidade, pelos membros de sua comunidade.

QUESTÃO 3

No texto “MAS AS CRIANÇAS GOSTAM!” OU SOBRE GOSTOS E REPERTÓRIOS MUSICAIS”, Luciana Osteto afirma que:

A massificação de “produtos culturais” é um dado inegável desta sociedade, em que os produtos colocados à venda seguem o “gosto do mercado”, mais que o “gosto popular”. Na verdade o povo, transformado em massa, é também o mercado onde serão divulgados e vendidos esses artigos, como por exemplo, os produtos da indústria do disco. E aqui há uma distinção interessante a fazer: as músicas, neste contexto, deixam de ser obras para transformarem-se em produtos.” (p. 06).

Com base nas ideias da autora:

- explique a distinção entremúsica como obra” e “música como produto”: qual a origem e o destino de cada uma destes tipos de produção?
- no cotidiano da educação infantil, o que valorizar: “música como obra” ou “música como produto”. Por quê?

Resposta: Segundo a autora, a obra vem da arte e o produto vem da indústria. Aquela, elaborada pelo artista, tem marca pessoal; esse, elaborado pelos profissionais da indústria, tem as marcas do gosto do mercado. Seguindo os ventos da moda, os produtos chegam e vão, passam, ao sabor do mercado, descartáveis. As obras ficam, inscrevem marcas que permanecem no tempo, resistentes a qualquer modismo.
No dia a dia, em casa, nos espaços que freqüentam, as crianças tem acesso à musica como produto, uma vez que, em geral, escutam o que toca no rádio e na TV. Entendendo que é papel da escola assegurar o acesso das crianças à cultura, no coticdiano da educação infantil os professores devem oferecer-lhes oportunidades de conhecer todos os tipos de música, em especial aquelas que não são difundidas pela mídia, que são produtos culturais com marca pessoal, não foram compostas com o objetivo de render lucros no mercado fonográfico, são criações autenticas.


QUESTÃO 4 (2 pontos)


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, define que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica. Com base no texto “O Trabalho de Educação infantil, de Léa Tiriba, explique:
- o que é educação integral?
- que atores sociais devem ser convidados a participar da elaboração da proposta pedagógica
- qual o nível de formação dos profissionais que trabalham junto às crianças.
- como deve ser o processo de avaliação das crianças
- educação integral

De acordo com a nova LDB, a educação infantil deve ser oferecida em creches e pré-escolas (art. 30) numa perspectiva de atender integralmente às necessidades das crianças (art. 29): isto é assumir a educação em todas as suas dimensões: corporais, emocionais, cognitivas, espirituais, sociais, ambientais. Assim, estas instituições não podem continuar a ser entendidas enquanto simples espaços de guarda, mas também não podem ser apenas espaços de transmissão-apropriação de conhecimentos. Elas precisam ser espaços de viver, em que as crianças se desenvolvam integralmente, na sua totalidade, como sujeitos de conhecimento, mas também como sujeitos corporais, sujeitos de afeto, de intuição, de sensibilidade.
- aos atores sociais que participam da elaboração da proposta pedagógica

Participam todos os atores envolvidos na produção cotidiana da escola: professores, funcionários, pais, crianças, membros da comunidade, representantes do movimentos sociais.

Isto porque, “em seu artigo de número 29, LDB, afirma a educação infantil como complementar à ação da família e da comunidade. Esta definição nos põe frente ao desafio de ampliarmos as relações da escola com o mundo exterior, com a sociedade. E não apenas numa via de sentido único em que o que se deseja é simplesmente manter as famílias informadas sobre o trabalho que nós, unilateralmente, decidimos realizar na escola. Mas numa via de mão dupla, em que as escola aprende e ensina com a comunidade.
Este projeto implica em inventar novas formas de gestão do projeto escolar, criando, desde caminhos e instrumentos de democratização do planejamento do trabalho cotidiano (em que sobretudo as crianças precisam ser ouvidas e atendidas) até caminhos de construção coletiva e democrática de propostas curriculares, entendendo que os objetivos gerais da educação, as funções da escola e as metas educacionais, assim como as regras e as normas que definem a organização da escola precisam ser definidas por todos os atores sociais que participam da sua produção cotidiana.

- ao nível de formação dos profissionais que trabalham junto às crianças.

Professores formados em nível de terceiro grau (pedagogia) ou, no mínimo, com formação de nível médio, modalidade normal/magistério

- - como deve ser o processo de avaliação das crianças
A avaliação deve ser feita através de acompanhamento permanente e registro. Não tem o sentido de promoção. O que pretende é oferecer elementos para que professores e famílias acompanhem o desenvolvimento das crianças e assim, possam criar condições para valorizar e ampliar as suas experiências, conquista e aprendizagens.
QUESTÃO 5

No texto, “Seres humanos e natureza nos espaços de educação infantil”, Léa Tiriba defende a idéia de que as crianças são seres da cultura e, ao mesmo tempo, seres da natureza! Justifique esta afirmativa.

As crianças são, simultaneamente, seres da cultura e seres da natureza. Seres da cultura porque só entre seus semelhantes os infantes humanos tornam-se capazes de aprender a recriar as atitudes, as regras, os valores, enfim, o jeito de ser da espécie e do grupo social de que somos parte. As crianças são seres da natureza porque os infantes humanos são um modo de expressão da natureza (Espinosa, 1983). Eles partilham a existência com inúmeras outras formas de vida, compondo uma rede (Morin, 1990), cujos elementos são fruto de autopoiese, fenômeno de auto-organização da matéria que dá origem a todos os seres vivos (Maturana e Varela, 2002).

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Livro: Biografia de Maria Clara Machado


Biografia
De
Maria
Clara
Machado

Em 3 de abril de 1921 em Belo Horizonte-MG nasce Maria Clara Machado.

Desde Criança já divertia os amigos do pai, o autor Aníbal Machado.

Já mocinha, ganhou uma bolsa de estudos para estudar dramaturgia em Paris, na França.

Foi lá que estudou mímica e dança.
Quando voltou para o Brasil trabalhou algum tempo como enfermeira.

Ela gostava muito de trabalhar com crianças, então em 1951 forma um grupo de artistas e cria o Teatro Tablado.

Maria Clara Machado foi autora de varias peças com “A bruxinha que era boa” e “O cavalinho azul”.
Fazendo tudo com carinho, ganhou muitos prêmios pelo seu trabalho.





Giselle Santos Magalhães Dias












 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A INFORMÁTICA NA ALFABETIZAÇÃO

A INFORMÁTICA NA ALFABETIZAÇÃO
No cenário atual, o computador é um grande aliado na alfabetização das crianças, auxiliando-as no acesso ao mundo globalizado. Quando o aluno tem contato com o teclado, reconhece as letras do alfabeto facilitando a aprendizagem. Softwares e sites infantis são coloridos, musicais e interativos, permitindo à criança ler, digitar e corrigir palavras quando necessário. Alguns programas permitem que a criança leia historias, interagindo no roteiro. Torna-se importante aos educadores pesquisar softwares educacionais disponíveis e atividades pedagógicas que propiciem estímulos, com base na em atividades interativas e lúdicas para facilitar o aprendizado sem decorar nem ficar copiando. A utilização das tecnologias como ferramentas de apoio ao ensino-aprendizagem além de contribuir com a inclusão digital e social, incentivam e estimulam as crianças a aprender pois são atrativos, interessantes e diferentes dos recursos tradicionais utilizados em sala de aula.